Acabo de ler a notícia de que o "The Independent" vai passar a ser só digital, no dia em que a imagem de capa deste trigenário jornal britânico, destaca a teoria da relatividade. Coincidência, ou não, uma coisa é certa. A teoria de que o papel nunca irá ser substituído pelo digital (porque as duas versões têm diferentes targets e situações de uso), é mesmo relativa.
A História está a mostrar-nos que o caminho vai ser mesmo mais ecológico, sem papel. E agora? Mesmo sendo uma adepta (e grande defensora) do digital, faz-me confusão imaginar o mundo sem uma banca de jornais, tal como imaginar que já não vou poder colecionar os números que me marcaram por alguma razão especial, quer seja apenas pela data, pelo tema de capa, ou pelos conteúdos exclusivos e que guardo para um dia reler (verdade seja dita, é muito raro voltar a folhear o que já li e que está só guardado a ganhar pó). Mas voltando à teoria da relatividade de Einstein, focada na relação espaço e tempo, julgo que é exatamente por aí que nos podemos fundamentar sobre este "fenómeno digital". Nada é absoluto e tudo está em constante movimento relativo: Se quando nascemos não existiam telefones móveis nem computadores, então os jornais eram o único meio disponível para nos informarmos. E se agora vivemos parte das doze horas dos nossos dias "ligados" a estes meios que passaram a existir há "relativamente" pouco tempo, então podemos assumir que, pela mesma lógica da fórmula científica com mais de cem anos, esta equação terá como resultado, a atual tendência de querer ler as notícias em tempo real, seja onde for.
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